Nas publicações da Clínica Quinta do Sol sobre transtornos mentais, publicamos as matérias sobre o que é transtorno mental e sobre a relação de dependência química. Hoje vamos abordar sobre como esse mal afeta as mulheres e as principais causas.
Em 2013 Daniel Freeman, psicólogo da Universidade Oxford, na Grã-Bretanha publicou um artigo onde afirma que mulheres tem 40% mais chances de desenvolver algum transtorno mental do que homens, principalmente depressão e ansiedade.
Segundo o estudioso “Há um padrão em que mulheres tendem a sofrer mais do que chamamos de problemas ‘internos’, como depressão ou distúrbios do sono. Elas pegam os problemas para si, enquanto os homens tendem a externalizar os problemas e os transferem para coisas de seus ambientes, como problemas com álcool e raiva”, disse Freeman ao jornal The Guardian.
As mulheres são mais vulneráveis a transtornos mentais?
Para o psicólogo Daniel Freeman, vários fatores contribuem com as diferenças de doenças psiquiátricas entre o sexo – incluindo os fisiológicos, biológicos e também sociais. “As mulheres tendem a se ver mais negativamente do que os homens, e isso é um fator de vulnerabilidade para muitos problemas de saúde mental.”
Ainda que não sejam exclusivos das mulheres, pontuamos abaixo alguns fatores determinantes que afetam a saúde mental das mulheres:
- Herança Genética
- Ciclo Reprodutivo: menarca, gestação, pós-parto, climatério
- Hormônios Femininos: estrógeno e progesterona (ciclo menstrual e menopausa)
- Nível Socioeconômico (escolaridade, ocupação e renda, moradia, alimentação, urbanização, discriminação racial, instabilidade econômica)
- Emprego/desemprego
- Maus tratos na infância e adolescência (abuso físico, abuso sexual, abuso emocional ou psicológico, negligência)
- Eventos estressantes de vida (violência sexual e conjugal física e psicológica)
- Sobrecarga de tarefas e dificuldade de conciliação entre a carreira e maternidade
Transtornos alimentares
Os transtornos alimentares ocorrem 10 vezes maiores nas mulheres em mulheres, entre eles a Bulimia e Anorexia. A taxa de mortalidade em níveis críticos pode chegar a 10% e ocorre geralmente em bailarinas, esportistas, jóqueis, modelos, etc.
A aceitação social por meio da estética também afeta a saúde mental feminina uma vez que a busca incansável pela beleza torna-se obsessiva, bullying e rejeição do parceiro podem desencadear o problema.
Transtornos associados ao ciclo reprodutivo
Como já apontado, o ciclo reprodutivo pode impactar na saúde mental da mulher, alguns fatores como o período perimenstrual (semana anterior à menstruação até poucos dias após o seu início), a Disforia pré-menstrual (TDPM) atinge entre 70% e 80% das mulheres causando irritabilidade/raiva, fadiga e sensação de inchaço ou ganho de peso.
O período puerpério (pós-parto) também é considerado fator de risco podendo ocasionar tristeza, depressão ou até psicose pós-parto.
Ainda há transtornos mentais associados a perimenopausa e menopausa que resultam na perda da função do ovário e flutuações hormonais (calor, suor intenso), irritabilidade, labilidade emocional, choro imotivado, ansiedade, humor depressivo, falta de motivação e energia, dificuldade de concentração e memorização e insônia.
Como as mulheres podem evitar transtornos mentais
Ainda que o acompanhamento médico periódico da saúde da mulher seja determinante, viver com qualidade de vida é fundamental para evitar transtornos.
A autoaceitação e manter bons níveis de auto-estima ajudam a mulher a “se livrar” de padrões estéticos e tornam a convivência consigo mesma saudável. O gerenciamento do estresse e exercício do autocontrole, aliado aos momentos de lazer, exercícios físicos e interação social evitam crises de ansiedade e depressão.
Sobre a Clínica Quinta do Sol
Localizada em Curitiba, a Clínica Quinta do Sol iniciou suas atividades em 1.984 e é especializada em diferentes dinâmicas para o tratamento da dependência química, personalizando a abordagem de acordo com a necessidade de cada paciente.
A equipe de profissionais é altamente especializada e experiente, composta por Psiquiatras, Psicólogos, Terapeutas Familiares, Médicos Clínicos, Nutricionistas, Enfermeiras e Farmacêutica, além de mais de 20 profissionais na equipe de apoio e assistência ao paciente.
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