Vício em apostas: quando o entretenimento vira sofrimento

Vício em apostas: quando o entretenimento vira sofrimento

O que começa como diversão, pouco a pouco, pode se transformar em angústia. A aposta
casual no fim de semana vira hábito, o hábito vira necessidade, e a necessidade se torna
uma prisão silenciosa. Com a crescente popularização das plataformas de jogos online e
apostas esportivas no Brasil, cada vez mais pessoas têm vivenciado essa realidade —
especialmente jovens adultos.
De acordo com uma matéria publicada pelo Intercept Brasil, os transtornos causados pelo
vício em apostas já estão entre os motivos de afastamento de trabalhadores pelo INSS. O
cenário é preocupante. Além das perdas financeiras, muitos enfrentam sintomas como
ansiedade, insônia, irritabilidade, culpa e isolamento social. A compulsão por apostas afeta
a saúde mental, as relações familiares e a vida profissional — e pode levar a quadros
graves de sofrimento emocional.
Na Clínica Quinta do Sol, reconhecemos a dependência em jogos como uma condição séria
que merece atenção e tratamento especializado. Ainda há muito estigma em torno desse
tipo de dependência. Muitas pessoas sentem vergonha ou acreditam que podem “controlar
sozinhas”, mesmo quando já perderam o controle há muito tempo. É importante lembrar que
compulsões não se resolvem com força de vontade — elas exigem acompanhamento
psicoterapêutico, escuta qualificada e estratégias personalizadas de enfrentamento.
O processo terapêutico na Quinta do Sol é individualizado, ético e baseado no acolhimento.
Nosso time multidisciplinar acompanha o paciente em todas as fases do cuidado, desde o
reconhecimento da compulsão até a construção de um novo estilo de vida, mais saudável e
equilibrado. Trabalhamos para que a pessoa compreenda os fatores que levam ao
comportamento compulsivo, desenvolva novas formas de lidar com a ansiedade e
reconstrua suas relações sociais e familiares.
A dependência em apostas não deve ser ignorada. Assim como outras formas de
sofrimento emocional, ela precisa ser acolhida com empatia, profissionalismo e
compromisso. Se você ou alguém próximo tem enfrentado dificuldades com esse tipo de
comportamento, saiba que buscar ajuda não é sinal de fraqueza — é um ato de coragem e
autocuidado.
📚 Fonte: Matéria original de Rafael Moro Martins e Leonardo Fuhrmann – Intercept Brasil,
publicada em 25/06/2025.

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