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As consequências do tabagismo

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de fumantes no mundo seja de cerca de 1,1 bilhão de pessoas. E, no último século, o tabaco foi o responsável pela morte de 100 milhões de pessoas.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 428 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo. Conforme dados do Inca, 12,6% de todas as mortes registradas no país são atribuíveis ao tabaco. Ao todo, 156.216 mortes poderiam ser evitadas todos os anos caso o uso do tabaco fosse eliminado.

Os números mostram ainda que em 2017 73.500 pessoas foram diagnosticadas com câncer provocado pelo tabagismo. Segundo o Inca, R$ 56,9 bilhões são perdidos a cada ano em função de despesas médicas e perda de produtividade.

Quando se decide largar o vício, é necessário antes de qualquer coisa identificar o grau e o tipo de dependência que você tem. De acordo com a especialista em tabagismo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, Sabrina Presman, existem três níveis de dependência: físico, psicológico e comportamental.

Dependência Física do Cigarro

A nicotina é a responsável pela dependência física do Tabagista. Ela é uma substância psicoativa, ou seja, afeta o físico e o psíquico além de alterar o comportamento. A pessoa que fuma não consegue exercer o autocontrole, ainda que esteja totalmente consciente dos sérios riscos à saúde.

Essa dependência varia de um fumante para outro. Ao tragar o cigarro a nicotina é absorvida para a corrente sangüínea através dos pulmões e em média 10 segundos atinge o Sistema Nervoso Central, através de receptores nicotínicos Dessa forma é estimulado a

Dependência Psicológica do Cigarro

O cigarro é usado pelos tabagistas para controlar suas emoções. Em geral quando estão tensos ou ansiosos, fumar os acalma. Com o tempo, o tabagista amplia o uso do cigarro para controlar seu estado emocional, lançando mão do mesmo quando está deprimido, zangado ou estressado, tornando-se a forma comum de lidar com as situações que envolvem emoções, não lembrando mais como reduzir o estresse sem fumar.

Dependência Comportamental do Cigarro

O ato de fumar envolve várias associações de comportamentos ligados aos hábitos individuais ou sociais, ou mesmo a rituais que, pouco a pouco, vão se transformando em reflexos condicionados.

Para exemplificar, pode ser citado o hábito de fumar nas seguintes condições: atividades intelectuais, após as refeições, no banheiro, ao dirigir, ao tomar café, ao beber entre outras. O condicionamento, portanto, é um hábito que se instala no tabagista, além da dependência química e da dependência psicológica.

O efeito devastador do cigarro

O cigarro se destaca pela rapidez e abrangência de seus efeitos. A partir do primeiro trago, a fumaça percorre todo o sistema respiratório (boca, faringe, laringe, traqueia e pulmões) até ser levada ao sangue e circular por diversos órgãos do corpo, levando consigo mais de 4500 substâncias tóxicas. Esse processo demora menos de 5 minutos.

Entre as substâncias, uma das mais letais é o alcatrão, que reúne produtos radioativos, como polônio e urânio, e outros extremamente danosos para o organismo, como o arsênio e o chumbo. O alcatrão é responsável pelos diversos casos de câncer decorrentes do fumo. As doenças são manifestadas especialmente nos órgãos onde a substância se aloja em maior quantidade, como faringe, pulmão, fígado e estômago.

Ao inspirar a fumaça do cigarro, o ar chega aos pulmões com maior concentração de monóxido de carbono e menos oxigênio. Com isso, o sangue ficará menos irrigado, provocando a constrição dos vasos. A consequência são os aumentos da pressão sanguínea e dos batimentos do coração, podendo levar a doenças cardiovasculares, como angina, doenças coronárias e até ao infarto ou derrame cerebral.

Quando chegam à traqueia, a fumaça do cigarro paralisa os cílios que limpam o muco e outras partículas invasoras do sistema respiratório. Com isso, o pulmão fica congestionado, prejudicando a troca de ar, resultando na inflamação do órgão.

Doenças causadas pelo cigarro

Estudos mostram que o hábito de fumar é um fator de risco para quase 50 doenças diferentes. O tabagismo é responsável por:

  • 25% das mortes por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio)
  • 45% das mortes por infarto na faixa etária abaixo de 65 anos.
  • 85% das mortes por bronquite crônica e enfisema pulmonar
  • 25% das doenças vasculares (entre elas AVC).
  • 90% dos casos de câncer no pulmão
  • 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia).

Sobre a Clínica Quinta do Sol

Localizada em Curitiba, a Clínica Quinta do Sol iniciou suas atividades em 1.984 e é especializada em diferentes dinâmicas para o tratamento da dependência química, personalizando a abordagem de acordo com a necessidade de cada paciente.

A equipe de profissionais é altamente especializada e experiente, composta por Psiquiatras, Psicólogos, Terapeutas Familiares, Médicos Clínicos, Nutricionistas, Enfermeiras e Farmacêutica, além de mais de 20 profissionais na equipe de apoio e assistência ao paciente.

Se você conhece alguém com sintomas de alcoolismo, procure ajuda, entre em contato conosco.

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